quarta-feira, outubro 25, 2006

CRANK - 6 estrelas (6/10)


Sexo, drogas, alcóol, violência, mortes, perseguição e muita adrenalina…

Todos estes fenómenos são relativamente normais nos filmes que actualmente passam nas telas de cinema. Porém, esta longa-metragem premeia o espectador com uma visão diferente da habitual. – Sexo, por exemplo, é apresentado em plena Chinatown, em hora de ponta e como plateia, uma mão recheada de jovens asiáticas.
Jason Statham, o bad boy que conhece algumas artes marciais e faz uso desse know-how na sua arte performativa, protagoniza um head hunter que busca vingança, depois de ter sido envenenado pelo líder de um gang de cowboys pós-modernos… A única forma de se manter vivo, é através da manutenção de níveis de adrenalina muito acima da média. O filme é totalmente irreal, associando a acção, o aspecto cómico e claro a emoção de um semi-triller.
Apenas discordo do final, e de uma cena que não tem qualquer raccord. Refiro-me claro está ao tiro que o protagonista leva na cocha, e nem por isso sofre qualquer lesão. Enfim, erros que se tivessem sido corrigidos, alterariam qualquer avaliação qualitativa.

quinta-feira, outubro 05, 2006

V DE VINGANÇA - 6estrelas (6/10)


Voilà! In view, a humble vaudevillian veteran, cast vicariously as both victim and villain by the vicissitudes of Fate. This visage, no mere veneer of vanity, is a vestige of the vox populi, now vacant, vanished. However, this valorous visitation of a by-gone vexation, stands vivified, and has vowed to vanquish these venal and virulent vermin van-guarding vice and vouchsafing the violently vicious and voracious violation of volition.
The only verdict is vengeance; a vendetta, held as a votive, not in vain, for the value and veracity of such shall one day vindicate the vigilant and the virtuous.
Verily, this vichyssoise of verbiage veers most verbose, so let me simply add that it is my very good honor to meet you and you may call me V.



Escrito pelos irmãos Larry e Andy Wachowski, pais da trilogia Matrix e baseado nas ilustrações de Alan Moore, surge esta saga de 132 minutos que de melhor nada tem. Porém, qualifico-o enquanto bom, dado que se trata do primeiro filme baseado em Graphic Novel (vulgo: BD pura) que tem como tema central a demagogia politica e social.
Muito embora se fique com a sensação de que se trata de uma novela romanceada de banda desenhada, onde tipicamente o herói combate o vilão, que oprime o povo e, em simultâneo conquista a dama “vitima”. Mas, o filme vai para além disso, na minha perspectiva, James McTeigue (o director) quer dar a entender valores, ideais de liberdade, democracia e escolha aberta.
Natalie Portman, realiza uma brava representação, que não queda aquém das expectativas a que nos tem habituado. O que realmente me chocou pela negativa, foi o final, onde apesar de bastante colorido, lhe faltava algo… talvez um final ainda mais feliz, onde não só a igualdade reinasse mas também o amor.
Num futuro não muito distante, os ingleses sofrem com as imposições de um governo totalitário. O país é comandado pelo fanático chanceler Adam Sutler que, um pedaço à imagem de Salazar (ainda que menos), proíbe manifestações artísticas, comunicação liberal, saídas nocturnas, entre outros fenómenos essenciais. A opressão acabaria se dependesse de um homem mascarado que se intitula por V. Hugo Weaving que veste a personagem de V, convoca o povo para uma revolução no dia 5 de Novembro e colocar um ponto final às imposições deste governo. Será que irá conseguir…

O herói, é mais inteligente e culto, por detrás da máscara está uma ideia. Porque um homem pode-se matar, mas não uma ideia.
Remember, remember the fifth of NovemberThe gunpowder treason and plot.I see no reason why gunpowder treasonShould ever be forgot.