terça-feira, agosto 28, 2007

Knocked Up (7/10)

Na linha das excelentes comédias como "Anchorman", "The 40 Year Old Virgin" e "Talladega nights", o então produtor, surge neste filme como realizador de uma história típica: rapaz conhece rapariga, os dois embebedam-se e passadas algumas semanas aparece a "surpresa".
Depois são os dramas usuais, as discussões, as revelações e os momentos decisivos.
Tudo isto acontece a Ben Stone (Seth Rogen), um típico desleixado que vice numa casa com os seus amigos onde, por entre outras grandes façanhas, vive sem preocupações de menores e com prespectivas de vida ilusórias e que não o levam a lado nenhum. Do outro lado temos Alison Scott(Katherine Heigl), uma jovem promessa do mundo da Televisão, que se vê impedida, ou não, de prosseguir uma carreira no mundo do espectáculo devido a este incidente de uma noite só.
No meio desta história ambos confrontam-se com os seus sonhos, atropelando-se repetidamente ora com os defeitos dos outros ou com o que pretendem que o outro mudo... a típica história, novamente, de mudar tudo por um acto maior de responsabilidade.
Uma comédia bastante ligeira, inteligente e muito bem escrita, que nos leva, e como um dos personagens resume muito bem, por "Um episódio do "Everybody loves Raymond", só que sem piada e que nunca mais acaba", é assim a vida.

terça-feira, agosto 21, 2007

Gwoemul (7/10)


Para quem não está habituado a cinema Asiático, mais concretamente, Sul Coreano, como é o meu caso, poderá estranhar bastante o facto de um filme poder conter tantos géneros como horror, ficção, comédia e drama, mas é um tipo bastante comum por aquelas bandas, pelo que poderão até estranhar um pouco e provavelmente pensar que estão a brincar com a gente. Na verdade em cada parte do filme, e mesmo em sequências seguidas poderemos ter mudanças quase violentas de estado de alma, que poderão mudar de puro riso a um grande susto e logo de seguida uma tremenda tristeza, pelo que muita gente poderá mesmo achar mau o filme, mas não digam que não vos avisei, aquilo não é cinema japonês e, muito menos, ocidental.
Quanto a história, que de uma maneira simples, conta a tentativa dos familiares de Ah-sung Ko (Park Hyun-seo), que foi raptada por um ser mutante das aguas do rio e esgotos da cidade, que após muitas e atribuladas situações se vê perante um drama familiar versus drama de sobrevivência.
Um bom filme para quem quiser singrar no cinema Sul coreano, quem não quiser que se fique pelas novelas, dizem que são bastante boas e onde as situações nunca são "estranhas demais".

Death Proof (8/10)

Com esta primeira parte de duas, Quentin tenta recriar um tipo de filme muito recorrente nos anos 70 que geralmente protagonizavam mulheres de atributos diversos, homens violentos e muito sangue à mistura. Trata-se de uma homenagem à "grindhouse", que pretende recriar um ambiente bastante comum nos filmes de baixo orçamento de Hollywood mas acaba por complementar toda a excelente acção que o compõe com diálogos à la Tarantino, onde tudo e nada se discute, com o único intuito de surpreender o espectador. Quanto ao filme em si, com os característicos tiques de filme de má qualidade (a fita cheia de "marcas de cigarro" e riscos), uma ocasional alteração de côr e os inevitáveis cortes, inesperados mas sempre na tentativa de recriar a passagem do tempo, de resto deve-se ver este filme sem grandes pretensões, porque é isso mesmo que se trata, de entreter o público sem grandes recursos a discursos aborrecidos nem a cenas previsíveis e difíceis de "entender". Já me ia esquecendo, Stuntman Mike (Kurt Russel) é um Duplo reformado que se diverte a matar belas mulheres com o seu carro "kitado" para cenas de acção.... e o resto é filme.